terça-feira, 20 de novembro de 2007

ANTECEDENTES TELEVISIVOS:

TELEVISÃO

Não há como negar: ela faz parte da nossa vida. Dos programas infantis ao noticiário político, passando pelos últimos capítulos de uma trama que mobiliza o Brasil, a televisão é uma companheira constante, até mesmo quando deixamos ligada e vamos fazer outras coisas pela casa. Há quem não tire do canal de compras ( sem jamais comprar nada ), há quem não desgruda dos shows evangélicos (ainda que só pra criticar),nem mesmo os que afirmam detesta-la conseguem escapar desse comvivio eletrônico. Na sala de milhões de brasileiros, em escolas, biroscas, salões de beleza, sacristia, prostíbulos e até dentro de táxi, ônibus, metro e trens. Ela se tornou a principal fonte de diversão e informação do país.

Então sintonize os Primórdios da TV e zapeie conosco pelo nosso blog, vendo fatos e curiosidades da nossa telinha.

CURIOSIDADE

ACREDITE SE QUISER
Assistir Tv de perto faz mal ?
FALSO = segundo os médicos, quem vê TV de muito perto deve consultar um especialista, pois possivelmente é míope! No entanto, não existe uma distancia mínima : o conforto visual do telespectador é o que conta.

FAZENDO SALA PRA TV
Nos primeiros anos da TV no Brasil, muitos telespectadores não queriam fazer feio diante das estrelas do vídeo, acreditava que era possível se pentear e botar roupa de domingo para assistir a programação. Meio século depois, ainda havia quem respondesse ao “boa noite” dos apresentadores.

CONTROLE REMOTO
Quando a programação está ruim e a cama está boa, o telespectador pensa duas vezes antes de se levantar para trocar de canal. Daí, tendo a tecnologia como principal aliada da preguiça, surge em 1951 e fabricado pela empresa norte-americana Zenith- o Controle-remoto! A novidade chegou ao nosso país ás vésperas do Natal de 1962, transformando-se em artigos exclusivos dos televisores mais caros e sofisticados.

DRIBLANDO A PRECARIEDADE
Nos anos 50, nos dias de jogos, a TV Paulista enviava suas únicas câmeras para o campo de futebol. Assim que a partida terminava, a emissora saía do ar até que o equipamento retornasse ao estúdio para o programa seguinte.

A HISTORIA DA DÁLIA
Nos primórdios da TV, os contra-regras “sopravam” o texto que os atores deveriam falar ao vivo, mas o áudio quase sempre vazava e o publico percebia. A solução foi camuflar as paginas dos scripts no próprio cenário, onde os atores pudessem ver, mas o telespectador não. Certo dia na TV Tupi carioca, na década de 50 o ator Fregolente colocou seu texto preso a um vaso de dálias. Sem saber da artimanha, o contra-regra foi tocar a toalha da mesa e levou o vaso junto. Quando o teleteatro começou, Fregolente entrou em cena, ao ver seu plano arruinado, gritou em tom dramático: “meu Deus cadê minhas dálias?” o diretor cortou para o intervalo rapidamente, a partir daí dália virou sinônimo de “cola”.

PONTO ELETRONICO
Para se comunicar com os atores em cena, mas sem chamar a atenção do público, o autor e diretor Mario Brasini adaptou um aparelho de surdez a um sistema de som, criando assim o primeiro ponto eletrônico da TV brasileira. Do teatro Brasini levou o recurso para a TV Tupi em 1958, sendo ele mesmo a cobaia enquanto apresentava programas como: Conversa Puxa Conversa.

AO VIVO X VIDEOTEIPE
Até 1960, todos os programas de TV eram transmitidos ao vivo. Se você perdesse algum programa, pode chorar que nunca mais. Entretanto graças ao recurso do videoteipe, uma fita tamanho de um pneu, transmissões puderam ser arquivadas e, portanto, reprisada em horários e estados diferentes.

MUSICA DE ESPERA
Em 1964, a cada vez que a Excelsior saía do ar por problemas técnicos, o telespectador ouvia os seguintes versos do compositor Miguel Gustavo: “: Não desligue não/ o defeito é nosso/ tô fazendo o que posso/ para endireitar a televisão.”

PRIMORDIOS DA TV

CHACRINHA
José Aberlado Barbosa de Medeiros nasceu em Surubim (PE), em 1917, chegou a cursar o terceiro ano de medicina, mas mudou-se para o Rio de Janeiro em 1940, viajando de navio como baterista de uma banda. Trabalhou de locutor desde os 18 anos, rodou por varias emissoras como: Tupi, Paulista, TV Rio, Excelsior, Record, Bandeirantes e Globo, e tornou-se um dos maiores comunicadores do país.

Chacrinha era pop, falando diretamente ara o povão, tornou-se um dos símbolos do movimento tropicalista de 1968. rolava de tudo no programa do cara! Desde Genival Lacerda e seus forrós de duplo sentido até Legião Urbana e Titãs, todos mandando ver enquanto as chacretes rebolavam.

RUSSO, UMA LENDA VIVA
Encarregado de jogar sacos de farinha, abacaxis e até mesmo calcinhas para a platéia, Antonio Pedro de Souza e Silva era o assistente de palco do Cassino do Chacrinha. Sua amizade com o animador começou nos tempos de rádio, mas se firmou nos bastidores da atração global. Ganhou apelido de “Russo” porque tinha cabelo ruivo. Perguntado sobre o ano de estréia na TV, chegou a responder: “1948”. Antes da TV chegar ao Brasil.

BOLINHA
Sem as fantasia exóticas, mas abusando das camisetas estampadas, Edson Cabariti, mais conhecido como Edson Curi, o Bolinha, apresentava programas à la Chacrinha. Estreou no rádio animando programas de calouros, mas foi para a TV Excelsior em 1966, onde agitou o clube do Vovô. No ano seguine, ocupou justamente o horário do velho guerreiro com a Hora do Bolinha, show que se transferiu para Record em 1970.

PEDRO DE LARA
Sempre de cara amarrada, a marca registrada do pernambucano Pedro Ferreira dos Santos eram os lírios brancos, que segundo ele, simbolizavam a pureza da família brasileira, fazia declaração de amor à sua musa Xifronésia e, quando se exaltava, era logo vaiado pela platéia. Estreou como jurado do chacrinha ainda nos anos 60, ms será sempre lembrado por suas performances no Show de Calouros de Silvio Santos.

SILVIO SANTOS
O PROGRAMA
Especializando-se em jogos e brincadeiras, aos 26 anos Silvio já partipava de varias atrações na TV Paulista, na qual comandou A Voz da Firestone em 1956. o autentico programa Silvio Santos, só foi lançado em 1963, graças ao próprio apresentador que comprava o horário e cuidava ele mesmo da produção.

ABRINDO O BAÚ
Para se livrar de um negócio quase falido, m 1958 o humorista Manuel de Nóbrega pediu ajuda ao Silvio para fechar uma empresa que cobrava antecipadamente por baús de brinquedos entregues no natal. Só que graças à visão comercial de SS, o Baú da felicidade só não saiu da pindaíba como multiplicou seus ganhos.

HEBE
A eterna apresentadora cheia de brilhos e personalidade. Paulista de Taubaté, fez um bico d arrumadeira antes de deslanchar como cantora de chorinhos e modinhas brejeiras nos anos 40. chegou a formar uma dupla caipira, Rosalinda e Florisbela, ao lado de sua irmã Stela. Ao optar pela carreira solo em 1945, ganhou o titulo de estrelinha do samba.

Em 1950 já com fama de cantora de rádio, Hebe fez um teste de vídeo e foi reprovada. Na base do carisma ela seguiu em frente e deu uma guinada capilar e tingiu sua linda cabeleira em 1957, aos 28 anos. Nascia ali uma lenda platinada.

PROGRAMAS

FESTIVAIS DE MUSICA
Na década de 60, os festivais de musica eram o evento mais aguardado da televisão. Uma finalíssima poderia ser comparada a uma Copa do Mundo . anônimos tornavam-se ídolos instantâneos e o publico organizava torcidas por suas musicas e cantores preferidos.
TALENTO REVELADOS NOS FESTIVAIS
Elis Regina
Chico Buarque
Milton Nascimento
Beth Carvalho
Gal Costa
Clara Nunes
Djavan
Sandra de Sá

EMPATE TECNICO
Em 1966, o II festival da MPB casou um racha na TV Record: “A Banda”, interpretada por Nara Leão e Chico Buarque, deveria ser a única campeã. Porem Chico, o autor da musica, convenceu os jurados de que não merecia vencer, favorecendo a preferida do publico, “Disparada!”, com Jair Rodrigues. Numa decisão inédita em festivais, as duas musicas dividiram o primeiro lugar.

BOLA FORA
Em 1968, o craque de futebol Pelé não chegou a subir no palco da TV Excelsior-SP porque sua música não foi escalada para o festival O Brasil Canta.

TROFÉU IMPRENSA
Criado por Plácido Manaia Nunes, foi entregue pela primeira vez em 1 de janeiro de 1959 como estratégia de lançamento da revista São Paulo na TV. Naquela noite de gala, o teatro municipal de São Paulo receberam os maiores bambambãs do meio, entre eles as estrelas premiadas e jornalistas que participavam da eleição. Silveira Sampaio foi um dos apresentadores desse Oscar brasileiro, entregando a estatueta, que na época ainda não era o homenzinho dourado.

SITIO DO PICAPAU AMARELO
Baseada na obra do autor Monteiro Lobato. A primeira versão da serie estreou na Tv Tupi de São Paulo em 1952. dispondo de um único cenário, a varanda em que dona benta e sua turma viviam histórias fantásticas, a equipe trabalhava ao vivo com criatividade e jogo de cintura.

TELEJORNAL

EXTRA, EXTRA, EXTRA!
O primeiro telejornal brasileiro foi Imagem do Dia, que estreou na Tupi de São Paulo em 19 de setembro de 1950, um dia depois da inauguração da TV. A atração não tinha um horário fixo, podendo ir ao ar entre as 21:30h e 22h.

O PRIMEIRO A DAR AS ULTIMAS
Quando soava o prefixo musical do Repórter ESSO era bom o telespectador correr para a frente da TV, pois algo importante estava acontecendo no Brasil ou no mundo! Patrocinado pela companhia Norte-Americana de petróleo, surgiu no radio em 1941 como “o primeiro a dar as ultimas” e se estendeu para a telinha da Tupi em 1952, já com o slogan “testemunha ocular da História”. Veiculado antes da era das transmissões em rede era apresentado em diferentes edições locais.

FIDEL CASTRO
Companheiro revolucionário de Che Guevara, apareceu pela primeira vez na TV graças ao programa Esta é a Sua Vida, em 1959,tendo o seu charuto sempre a mão, o então primeiro ministro de Cuba foi acomodado nos estúdios cariocas da tupi e trocou muitas idéias com apresentador Carlos Frias.

JORNAL DA VANGUARDA
Dando um tom informal as noticias, surgiu em 1963 como a atração mais ousada, criativa e revolucionaria da televisão. Isso lhe valeu, no ano seguinte, o premio internacional de Ondas como o melhor telejornal do mundo. Criado por Fernando Barbosa Lima, começou na Excelsior e depois rodou pela tupi , Globo, Continental e TV Rio. Com o slogan “um show de notícias”, misturava informação e entretenimento.

CID MOREIRA
Paulista nascido em Taubaté, estudou contabilidade. Em vez de se dedicar as contas da radio difusora local, ocupou uma vala de locutor. Apresentando o JN de 1969 até 1996, e desejou cerca de 8.914 “boas-noites” aos telespectadores.

Entao Boa noite, tarde ou dia ! e até a próxima.



Postado por Rodrigo Alves , Hugo de lima e José agostinho ( Junior ).
Fonte de Pesquisa : Almanaque da Tv e sites relacionados.

2 comentários:

Rodrigo Mendes disse...

Ficou ótimo seu texto Rodrigo. Era um texto assim que o Marcos deveria escrever pra falar da evolução da TV. A história da dalia é genial. Gostei das biografias e ficou bastante explicativo e histórico.
Um forte abraço

Márcio disse...

Texto interessante, nmas vcs tão pecando pelo excesso de didatismo

Márcio